terça-feira, 26 de agosto de 2014

Contos de Fadas de nossas vidas


Contos de Fadas de nossas vidas

                Crianças têm seus contos de fadas favoritos, assim como adultos tem seus filmes prediletos e já tiveram seus contos favoritos na infância. Histórias fascinam porque vão de encontro com questões existenciais, pessoais, e a identificação é certa. Histórias favoritas são aquelas que não saem da cabeça, transmitem um sentimento conhecido ou desejado. Trazem alegrias ou amedrontam, tocam de alguma forma alguma questão de vida. É também um convite a sair da vida real e mergulhar no arquétipo do herói que sempre vence, no final. 

                Contos de fadas são usados terapeuticamente por serem ferramentas maravilhosas que trazem à luz o que antes estivera oculto, pois geram emoções parecidas com as que vivenciamos em nossas histórias de vida. Ajudam a lidar com acontecimentos difíceis, além de nos convidarem a soluções. Tive uma certa vez como paciente, um menino de 9 anos que passava por uma separação dos pais traumática. Sua história favorita era rei leão I. Passou uma sessão inteira brincando com os leões reproduzindo a cena que o pai caía do penhasco e morria. Era a forma como estava vivenciando o afastamento do pai. Pudemos trabalhar essa perda legitimando-a, relativizá-la e até ressignificá-la depois. A história nos ajudou a identificar como estava vivenciando o momento, seus sentimentos e pensamentos. 

                Podemos perceber a relação entre os contos favoritos de infância com os roteiros de vida, traçados ainda na infância. Contos evidenciam scripts, que são histórias-roteiro. Mais usado no teatro, essa palavra foi usada pelo psiquiatra americano Eric Berne na Psicologia. Ele descobriu que organizamos nossa vida segundo imagens, frases, sentimentos que nos ajudam a nos reconhecer em nossas multiplicidades na vida. Histórias infantis nos ajudam a compor um script de vida, de uma história pessoal a partir das imagens que nos guiam e ajudam a criar um plano de vida, uma narrativa pessoal e anímica. Reconhecendo que histórias nos guiam é possível chegar a conscientização de padrões vividos. E elas são reconhecidas quando podemos perceber uma reação emocional na pessoa que conta.

                Histórias e contos de fadas possuem múltiplas possibilidades de interpretação. Uma delas é a interpretação sistêmica que não só considera a dinâmica individual mas as relações entre os membros da família: Vínculos, exclusão, compensações, identificações com membros da família, repetição de destinos familiares. E as histórias favoritas apresentam um fio condutor de uma dinâmica familiar.

                Segundo Brigitte Gross e Jacok Schneider, existem histórias que deflagram emaranhamentos de relações familiares e as que deflagram acontecimentos importantes que não foram levados em consideração. No conto João e Maria, podemos perceber os dois: a pobreza que assola a família, aperto financeiro e filhos que tiveram que sair cedo de casa. Quem se identifica com este conto pode possuir essa dinâmica de ter tido que crescer rápido demais ou se sentir abandonado pelos pais. Na Bela adormecida, assim como a décima terceira fada não fora convidada ao batizado da princesa, alguém fora excluído da família. Enquanto não for dado a todos pertencentes à família um lugar digno, alguém pagará por isso, compensando essa pessoa excluída através de não realização plena do potencial de vida. Essa identificação irracional e inconsciente pode levar uma pessoa a ser impelida a fazer coisas que não compreende o porquê, como sentir raiva de alguém da família sem ter motivos, não se realizar profissionalmente, estar sempre devendo, etc.

No conto do patinho feio, percebemos a inadequação sentida pela criança em seu seio familiar e também pode indicar casos de bullying. Em Rapunzel, podemos ver o tema da superproteção, do isolamento, e algumas vezes de algum caso de adoção na família que não fora revelado. Em chapeuzinho vermelho, precisamos investigar quem é o lobo na família, alguém que por ser considerado mal, fora banido. Pode indicar também algum caso de abuso sexual. E assim como a sombra psicológica, quando é evitada, volta na forma de um monstro, muito maior do que realmente é, uma pessoa pode se tornar de difícil convivência quando não é aceita em todas suas particularidades.

No teatro terapêutico, uma cena de história ou de vida é encenada repetidamente até que se torne possível a elaboração e outros desfechos também possam ser criados. O herói das histórias nos ajuda a desenvolver a ação necessária para superação, pois ele é carregado de energia de ação e otimismo. Ele faz por nós, mesmo que na imaginação, nos convidando a fazer o mesmo.

Em Malévola, filme baseado no conto da Bela Adormecida, nos permite refletir que outras versões da mesma história são possíveis e que nem tudo é tão mal que não possa ser transformado.

Sílvia Rocha – Psicóloga, Arteterapeuta, Consteladora familiar sistêmica.


 

 

 

 

 

 

sábado, 16 de agosto de 2014

Arte, saúde, Terapia e Transcendência


Arte, saúde, terapia e transcendência

“O que determina se um homem é doente ou sadio não é a intensidade da sua fantasia, mas sua habilidade ou inabilidade para transformá-la em realidade.” – Erich Neumann

Existe uma vitalidade, uma força de vida, uma energia, um despertar, que é traduzido em ação através de você, e porque só existe um de você em todos os tempos, essa expressão é única. - Martha Graham

“A arte pode elevar o homem de um estado de fragmentação a um estado de ser íntegro, total.” – Ernst Fischer

 

Pintura, escultura, desenho, dança, teatro, fotografia, filmagem, escrita, poesia, música, construção com sucatas, dentre outras são formas de expressar e fazer arte.  A arte é uma criação não prevista pois é autêntica. O artista quando cria está aberto ao novo. É uma expressão que comunica algo de dentro para o mundo.  Neste sentido a arte religa o que era antes individual a um coletivo. Ela comunica independente de cultura ou época. Um sentimento expresso, um drama, um protesto, uma paixão, uma esperança quando revelada numa arte, sensibiliza porque provoca questões e reverbera condições humanas. A criação deriva de uma experiência de realidade e toma forma. A obra de arte ecoa dentro de cada um de uma forma diferente, e porque é essencialmente humana, da criança ao idoso todos podem criar.

No momento da criação, o racional fica de lado e o caos se instala, uma indefinição ou confusão tomam conta. Se existe uma impregnação de conceitos e introjeção de valores ou metas a alcançar, como criar a sua própria obra original? A criação nasce de um sentimento ou intuição, um canal mais instintivo. Às vezes é necessária uma tensão interna para mobilizar uma energia de criação, outras vezes apenas flui. Em contato com o material plástico, o que antes era subjetivo e invisível toma forma e se materializa. É um nascimento de algo que antes não existia ou existia apenas na fantasia ou era inconsciente.

Cada arte é uma linguagem, formas de arte são uma forma de comunicação e é também uma comunicação consigo mesmo pois permite transbordar, extravazar o ser. Ela liberta, fazendo a energia antes represada fluir. Plasmar a imagem na arte, despotencializa a carga energética. Pode compensar a realidade ou  colocar uma “lente de aumento” para ver melhor. A pessoa se vê em sua obra, encontra-se no seu fazer, dando forma ao contorno, limite ao que antes era subjetivo. O que tem limite é melhor percebido, pois permite a existência das formas que trazem estruturas, ordenação. Por isso a arte diminui os surtos psicóticos em psicóticos. E em alguns casos evitam somatizações de doenças. Se algo já foi expresso pela arte não precisa encontrar no corpo o canal de expressão.

                Um artista por profissão possui o ofício mais saudável, pois a arte é orgânica, respeita os ritmos do corpo e da alma. É natural e não força a barra. Há uma renovação que é uma constante atualização de si mesmo. É recomendado então que cada trabalho mesmo que não artístico, seja feito com arte, com alma.  A arte é extensão da existência, fazer com criatividade é colocar mais vida no que você faz.

A arte cura pois é terapêutica pelo simples fazer.  A criação flui do inconsciente para o consciente tornando visíveis imagens internas. E essa capacidade de criar está intimamente ligada à nossa criança interior que é responsável pela nossa saúde mental. Quando um adulto começa a criar possui muitas críticas e julgamentos pois está preso nos conceitos de certo e errado. O que há são expressões e como tais estão todas adequadas e bem vindas. Adultos foram condicionados, adaptados e até reprimidos. Quando perdemos nossa capacidade de criar, perdemos também a capacidade de encontrar soluções, ser flexíveis e saudáveis. 

Usamos as quatro funções psicológicas para criar: a intuição traz a inspiração, o sentimento mobiliza a energia, a sensação do contato com o material permite o fazer e o pensamento ajuda a elaborar o que foi feito. É por isso que a arte é um instrumental forte na terapia. O terapeuta tem a função de mediar esse encontro da pessoa com seu inconsciente para que ela mesma encontre seu caminho, suas respostas. Na arteterapia, o terapeuta facilita esse processo criativo de construção e reencontro com o si mesmo. É possível resgatar partes negligenciadas de si mesmo como traumas e também talentos. Tornando visível o oculto, facilita o lidar e o transcender.

Uma vez que a pessoa encontra  seu canal próprio de expressão e transformação, ela pode seguir criativamente pela vida. Criando sua própria história será um artista de sua própria vida, seu próprio guia, em uma conexão divina. E porque aprendeu a se transformar, pode vir a transformar o mundo.

Sílvia Rocha – psicóloga crp:05/21756 Arteterapeuta e consteladora familiar sistêmica



 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resiliência Psicológica


Resiliência Psicológica

“Nossa habilidade em reagir ao Presente consiste em encontrar a beleza em cada momento do dia, usando nossos dons, talentos e capacidades para incrementar o bem comum.” – Jamie Sams

                Resiliência é a capacidade de um sistema voltar ao seu estado de equilíbrio após uma perturbação. Este conceito pode ser empregado na Física, na Biologia e na Psicologia. Na Física, significa a propriedade de um corpo se recuperar de um choque ou deformação. Na biologia, relaciona-se à adaptabilidade e a capacidade de manutenção da vida. Em termos psicológicos nos remete a possibilidade que temos de vencer obstáculos, de tomar decisões sob pressão, de resistir sem desistir, de superar desafios, de manter equilíbrio emocional quando a situação não se desenrola como esperado, de se recuperar após um susto. Para isso é necessário uma força interna que promova a recomposição após um momento de perda, de abalo, de insegurança ou incerteza. Uma força que pode ser sutil e não física, mais psicológica e espiritual do que material.

                Tal qual um bambu se curva para depois voltar a seu estado reto, é preciso flexibilidade para contornar situações adversas. Em inglês, resilience significa elasticidade. Como um rio que flui se desviando das pedras, essa maleabilidade acontece quando abandonamos estruturas de pensamento rígidas, comportamentos delimitados, ações fixas e burocráticas, às vezes significa abrir mão de orgulho, apegos, certezas, regras obsoletas.

A resiliência pode ser compreendida como uma capacidade de elaborar uma perda. Daí a importância do luto, um tempo de refletir, sentir como será a vida após determinado acontecimento. Esse tempo é interno, silencioso, pede quietude, diminuição das atividades cotidianas, dos estímulos externos. Um trauma, é exatamente o contrário disto, é a incapacidade de integrar o evento, é a resistência, como não aceitação do ocorrido.

A importância da vivência de frustrações ao longo da vida desde criança torna o adulto mais forte e capaz de lidar com as adversidades da vida e superá-las. Um adulto que teve todas suas necessidades atendidas quando criança, vai ser mais frágil ao lidar com situações contrárias e ter mais dificuldade de recuperação. É a super-proteção que desprotege fazendo a pessoa ficar  exposta ao stress, à ansiedade, à medos e angústias. A frustração ao longo da vida vai construindo uma proteção onde situações difíceis não desestabilizam tanto e é possível manter o centramento em qualquer situação. É necessário que a criança tenha pais afetivos e cuidadores, que deem suporte para seu desenvolvimento saudável, favoreçam um ambiente seguro e transmitam confiança, equilíbrio e auto-controle.

Algumas pessoas precisam adoecer depois de um evento traumático. Ficar doente implica em parar, tomar um tempo para recuperação do ocorrido, isso poderia ser contornado se a pessoa se pemitisse um luto, que é justamente esse tempo de repouso para recuperar uma energia que se perdeu, após a perda de um ente querido por exemplo, ou de um resultado não esperado. Uma pessoa resiliente tem um sistema imunológico mais forte e não adoece facilmente, pois não se abate facilmente também.

Resiliência também é a capacidade de se reorganizar perante o stress, mantendo o domínio da situação ao invés de ser tomado por ele. Implica numa sabedoria, na capacidade de relaxar e confiar e não aumentar mais ainda o problema. Quem possui um sentido para sua vida tem maiores chances de ressignificar os eventos cotidianos e de buscar novos significados à vida. Isso envolve o julgamento que fazemos das situações. Nem sempre uma situação ruim é o que parece ser. Mas nem sempre conseguimos compreender isso no momento.

Uma boa metáfora do ser resiliente é o arquétipo do herói, que encara a escuridão, desce aos infernos e depois retorna fortalecido à luz. Podemos ver no Japão, um povo altamente resiliente, após guerras e após tsunami, sua capacidade de reconstrução é surpreendente e parece estar ligada às filosofias que regem seus pensamentos.  A meditação, a compaixão, a não resistência aos eventos faz com que a capacidade de adaptação e transformação impulsionem para frente. Lutar nesses casos parece levar a um desgaste de energia. O que não pode ser mudado necessita de uma nova abordagem, reconfigurando a visão para continuar seguindo em frente.

Medos e desejos atrapalham esse processo de estar em comunhão com o universo. Apenas seguir um fluxo de bem aventurança, como nos diz Campbell, prestando atenção ao chamado da alma ou como nos diz os povos nativos, um caminho que tem coração. A gratidão nos coloca sempre neste estado de Bem aventurança, onde bênçãos são reconhecidas e por isso recebidas e ainda multiplicadas. O grande desafio de transformar momentos difíceis em belos parece ser uma habilidade dos mestres e das pessoas resilientes.

 

Sílvia Rocha –psicóloga – silviaayani@gmail.com


·        Dedico esse artigo a minha avó: Alice Martins Rocha que fez a passagem para o mundo espiritual nesta segunda-feira, dia 21 de julho. Com seus 96 anos, essa guerreira muito me ensinou sobre resiliência, fé e amor pela vida, sou muita grata pelas suas bênçãos! 

 

 

 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O Silêncio dos Sábios


O silêncio dos sábios

 “Aquele que sabe não fala; aquele que fala não sabe.” Lao-Tsé

“Mas escuta o que sopra, a mensagem incessante que se forma do silêncio.”  Rainer Maria Rilke
 

                Estive no Rio de Janeiro por ocasião do lançamento do livro de ervas dos pajés do povo Huni Kuin do Acre (mais conhecidos por Kaxinawá) realizada no parque Lage. Já os conhecia por ter trabalhado com eles por um tempo, há alguns anos atrás. Foi bom reviver esse contato com um povo que vive em parceria com a natureza, com uma rica cultura repleta de simbolismos, ritos, medicinas naturais, artes e sabedoria. O que me chama mais atenção neles é o silêncio, a serenidade e afetividade na voz. A sabedoria que eles emanam de seu centramento e equilíbrio é transmitida em poucas palavras e por sua forte presença silenciosa. Precisa ser sensível para perceber.

                Contrastam com a verborragia do povo da cidade, que tem uma necessidade de falar e falar muito. Quando falamos muito não nos escutamos, estamos preenchendo o espaço para não ficar vazio. Sentar ao lado de um ancião indígena e ficar em silêncio, é uma experiência, é compartilhar uma existência dentro do momento presente. Nós da cidade, não temos total consciência do que criamos ao falar e somos displicentes com isso.

                Para os pajés uma palavra pode trazer uma cura, ou uma doença. Uma palavra pode iluminar ou trazer discórdia e guerra, pode unir ou separar. Um pensamento bom pode abrir caminhos, deixar uma pré-disposição para receber coisas boas da vida. Um pensamento limitante pode bloquear a visão para novas oportunidades que acontecem todos os dias.  Fisiologicamente falando, bem estar e mal estar podem ser fruto da qualidade do pensamento. Como um indígena Huni Kuin observou: “o povo da cidade sofre da doença do pensamento.”

Segundo o profeta Khalil Gibran: “E quando não podeis mais viver na solidão de vossos pensamentos, viveis em vossos lábios e o som é uma diversão e um passatempo.” (...)  “Entre vós, há os que buscam os que falam por medo de ficarem sozinhos.” Esta necessidade de preencher o vazio, leva a falar muito, comer muito, colecionar coisas, guardar entulhos em casa, ter vícios como fumar, beber ou se drogar. É a ilusão de que alguma coisa vai preencher o vazio emocional.

Um outro vício de nossa sociedade é a fofoca. É tanta fuga de si mesmo que falar do outro se torna fascinante. Como se o fofoqueiro estivesse num posto superior capaz de julgar o comportamento alheio. Há uma inveja do que o outro teve coragem de fazer e a vingança é espalhar o boato. A fofoca não é uma verdade completa, pois tem sempre a percepção e o julgamento do fofoqueiro que não esteve na pele do fofocado. Então pela fofoca, o fofoqueiro se trai. Como diz Freud: "O homem é dono do que cala e escravo do que fala." (...) "Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo."

                Vivemos numa cultura do barulho, nas cidades grandes, muitos sons, buzinas, rádios altos, gritos, barulhos de obra, televisão sempre ligada, muitas vozes. Essa poluição sonora faz o pensamento estar sempre acelerado. Para quem mora ou foge do burburinho, no veraneio, as cidades menores como a nossa proporcionam esse silêncio que traz mais contato com os sons naturais, e portanto com a essência das coisas e de si mesmo. Os orientais tem essa cultura da meditação, das pausas, do silêncio. Precisamos aprender com eles. Estamos lotados de pensamentos que não são nossos. Repetimos padrões familiares, sociais, repetimos a cultura midiática sem ter consciência disto. E a televisão e as redes sociais, passam a ser como mestres que ditam valores, crenças, de como você deve agir, pensar e sentir para estar “por dentro”. É a massificação onde pertencer, vira sinônimo de alienação de si mesmo.  Outra ilusão que temos é que o outro vai nos salvar da solidão. E daí relacionamentos de dependência são criados. Há quem tudo pergunte para os outros, não sabendo tomar uma decisão por si mesmo.

Nem tudo pode ser respondido pelo outro ou pela internet, há coisas que somente mergulhando em si mesmo. Como nos diz o cineasta David Lynch: “A verdade é que pela meditação você se torna cada vez mais você.” O silêncio pode causar medo pois coloca em contato  com o que cada um tem dentro: Medo da solidão, do abandono, da rejeição, da exclusão, angústias, conflitos, dúvidas, anseios, que somente confrontados podem ser resolvidos. O medo aumenta o fantasma, e a confrontação o faz relativizá-lo. E quando essas barreiras do medo são ultrapassadas é possível  enxergar que dentro também existe um manancial de amor e que potencialidades latentes podem ser manifestas.

O vazio alcançado pela meditação é fértil, onde é possível acessar a fonte da criatividade e escutar a voz de sua própria sabedoria. Faz acessar o arquétipo do velho sábio existente em cada um de nós.

               

                Sílvia Rocha – Psicóloga crp:05/21756