sábado, 2 de maio de 2009

De paz e de guerra - irradiações

De Paz e de Guerra
O Poder da Irradiação

“O bater das asas de uma borboleta no Brasil, pode causar um tornado no Texas”- J. Gleik

Frente às cenas de violência e guerra do nosso cotidiano, na cidade e no mundo, ficamos com as energias minadas e com sentimento de impotência. Passivos, e à mercê como telespectadores, sofremos angustiados às decisões covardes de líderes. Medo e indignação com as injustiças, com os crimes em família, queremos fugir ou então anestesiamos as emoções como defesa para continuar vivendo.
É possível fazer alguma coisa perante à degradação humana e ecológica do planeta?
Irradiação
Uma palavra, um pensamento, um gesto pode mudar o rumo da história. Num experimento realizado com cristais de água num microscópio em laboratório, foi apresentado as frases “obrigado” em diversas línguas e “você me faz mal”. Na primeira frase, os cristais formaram um círculo perfeito como uma mandala, e no segundo, foram cada um para um lado, como se estivessem estressados.
Outros estudos sobre o poder das orações e das crenças já chegaram a resultados como a cura de males como o câncer.
O tempo todo nas interações humanas são criados estados positivos ou negativos. O poder de irradiação é maior do que se imagina, e conscientemente é usado muito pouco. A capacidade de influência não pode ser medida, transcende os padrões lógicos de causa e efeito. Irradiamos nossa presença e estado interno onde quer que se vá.
Os três cérebros
O cérebro humano possui três camadas: a primeira chamada reptiliana – porque reage instintivamente feito os répteis, a segunda chamada de cérebro mamífero – porque compreende as emoções básicas de sobrevivência e o amor que une e cria um sentimento de família e pertencimento, e a terceira racional – exclusiva dos seres humanos.
Se a razão é colocada à serviço do instinto, a ação vai ser “pegar o que é meu”, se for preciso passando por cima dos outros, até mesmo matando. Se a razão é colocada à serviço das emoções, justifico meus atos passionais e perco a força que o instinto me concede. Se o instinto é colocado à serviço das emoções, eu não penso nas consequências e sem nenhum auto-controle eu cometo atos que depois posso me arrepender. O ser humano integrado pensa com os três cérebros – possui a força da ação do instinto, possui discernimento e age com a sensibilidade e empatia das emoções.
É possível escolher o trabalho sobre si mesmo atentando para onde se possui mais dificuldades. Com o objetivo de usar cada vez mais todo o cérebro pode-se chegar ao reconhecimento do poder e da responsabilidade dos comportamentos.
Estes comportamentos podem criar um ambiente de confiança, sossego e criatividade ou de competições, stress e destruição. São os comportamentos de paz e de guerra.
Precisamos ser mais inteligentes e ir mais fundo na nossa evolução porque não dá para brincar com o valor de uma vida humana. É bom lembrar que estar bem consigo já contribui muito para a ecologia do planeta.

Comportamentos de paz
- Pedir o que quer
- Aceitar as reais condições do outro
- Elogiar do fundo do coração
- Esclarecer as expectativas que se tem dos outros
- Saber até onde se pode ir e ser honesto se não se pode realizar as expectativas dos outros
- Ouvir as diferentes opiniões e lidar com a diversidade
- Esclarecer mal entendidos e falta de comunicação
- Dar limites adequados
- Dar e receber apoio
- Resolver conflitos criativa e amorosamente
- Sentir-se parte do Todo
- Aderir a alguma causa ecológica e preservar a natureza, etc.
- Amar, amar e amar
Comportamentos de guerra
- Querer agradar para não ser rejeitado, mesmo que isto tire o sossego
- Invejar os resultados positivos dos outros
- Fingir que está tudo bem quando se está chateado com alguém
- Manipular para conseguir o que se quer
- Desrespeitar outro ser humano, tratando-o como objeto
- Excluir outro Ser Humano,
- Abusar de outro ser humano ou da natureza ou ser abusado por alguém, etc...

Sílvia Rocha (julho de 2004)

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